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Será real? #SP500

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Aprendi álgebra booleana na faculdade, naquela época fazia parte da matéria de cálculo numérico. Como era o início da informática, as linguagens de programação eram bastante rústicas, e dessa forma qualquer exercício na matéria envolvia o conhecimento de linguagem de máquina, ou seja, uma sequência de zero ou um, falso ou verdadeiro. Não precisam se preocupar, o assunto vai terminar por aqui, não tenho a menor pretensão de explicar qualquer coisa além disso (nem lembro! Haha ...). Por que este assunto agora? Já escolhi o tema para 2023, e me parece que vai fazer parte das dúvidas diárias no próximo ano. E a dúvida pode ser expressa com uma pergunta simples: sim ou não? — esse será o tema, booleano. - David, chega de enrolar!!! Sim ou não o quê??? Recessão—   vai ter ou não no próximo ano? O mundo está num momento delicado, um batalhão de banco centrais resolveram sucatear todos os helicópteros que usaram no passado —afinal, quem precisa de algum hoje em dia? Por outro lado, tod

Corrida cripto digital #usdbrl

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Provavelmente poucos leitores passaram por uma corrida bancária. Eu passei por uma que foi muito estressante. Embora não tenha comentado, tive uma breve experiência profissional numa pequena instituição financeira: o banco BMC, egresso do BFB. Lá era muito diferente, enquanto no último eu escolhia qual a taxa que pretendia pagar nos depósitos remunerados, no primeiro a taxa era detalhe, o importante era a liquidez. Em 1985, o BCB decretou intervenção em três bancos grandes da época, o trio ABC — Auxiliar, Bamerindus e Comind — todos de uma vez. Como o boato se espalhava por algum tempo, entrei nesse cenário com muita liquidez —me recordo que era 35% do total de empréstimos. Os clientes começaram a solicitar a recompra antecipada dos depósitos. Nos primeiros dias, estabeleci uma taxa pouco punitiva, que foi fluindo para medianamente punitiva, muito punitiva e absurdamente punitiva. Mas de nada adiantou, a liquidez foi se exaurindo. O ambiente no banco começou a ficar tenso, e de cer

Menos é mais #nasdaq100

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Ao envelhecer algumas caraterísticas comuns a todos se tornam presentes, eu noto que o silencio é uma delas, é muito prazeroso passear pela manhã com meu cachorro nos finais de semana. Outra característica é a simplicidade, busco fugir de coisas complicadas e isso vale para todos os campos como a elaboração de seu portfólio, nada de fundos ou operações mirabolantes. Fiquei pensando neste aspecto e tenho a impressão de que essa forma de agir é fruto das inúmeras experiencias negativas que na maioria das vezes envolvia algo mais elaborado, sendo assim, implica que na verdade essa atitude é a busca de algo melhor e não mais simples como parece. Nós 10 anos de existência do Mosca insisto no uso de ETF para a parcela de risco ao invés de fundos. Imagino que durante esse tempo em que me acompanha o leitor mais antigo, teve chance de observar ou vivenciar alguma dessas situações. Se não teve ainda vai ter. Bem Carlson publicou em seu site A Wealth Of Common Sense um artigo comentando sobr

Dívida infinita #eurusd

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Hoje o assunto é solvência. De imediato, surgem dois países ou regiões onde essa situação é mais séria: Japão e Europa. O primeiro terá um teste brevemente, já que, o governo japonês optou por deixar seu câmbio desvalorizar e manter a política de juros 0%; não sei se nesse cenário atual isso afetara a credibilidade de seus títulos e, por que não, de sua moeda. Um risco que pode se tornar iminente nessa situação é o fato de 90% da dívida ser financiada por investidores locais, o que foi muito bom até agora, mas que pode mudar de curso face ao diferencial de juros entre os títulos japoneses e os estrangeiros. A Europa não está muito diferente, embora os níveis de endividamento não tenham chegado ao patamar do Japão, porém, estão em níveis preocupantes nesse novo mundo de inflação – por sinal, o termo “ New Normal 1 ” ficou obsoleto.   1 Esse foi um termo usado por Bill Gross em 2009 quando ainda era o diretor principal da Pimco, indicando que nessa nova era os retornos dos títulos se

Keynes: O Ministro para Lula #ibovespa

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  Os próximos dois posts serão sobre dívidas/gastos de governo e seus efeitos. Especificamente hoje, os comentários serão sobre gastos.   A área econômica do Lula está uma bagunça, oriunda da falta de um plano de governo que deveria ter sido preparado antes das eleições —além da “Mistura Fina 1 ” de sua equipe de transição. 1 Mistura Fina era a marca de um cigarro popular nos anos 60, cuja propaganda dizia “um cigarro que não irrita” Lula está interessado é em alguém que lhe traga um plano em que possa gastar tudo que prometeu e não ter problema com o mercado, este, está fissurado com o aumento do déficit que tal proposta possa ocasionar. Um economista dessa linha foi John Maynard Keynes, cujo princípio é de que o estado deveria intervir na economia sempre que fosse necessário, a fim de evitar a retração econômica e garantir o emprego. Será que dá para encaixar a fome? Embora o artigo abaixo, de Tyler Cohen na Bloomberg, foi feito para as condições de mercado dos países desen

Nuvens negras no horizonte #usdbrl

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  O caso da FTX e de seu empresário Sam Bankman-Fried tem ocupado grande parte do noticiário e foi divulgado no Mosca na quarta-feira passada uma-queda-após-outra . Não pretendo escrever sobre esse assunto, pois os leitores já devem estar sendo bombardeados. Só queria ressaltar dois pontos: Sam perdeu toda sua fortuna de U$ 8 bilhões em uma semana. Isso indica seu elevadíssimo grau de risco e alavancagem — o que não se sabe ainda é o quanto ele avançou no dinheiro dos clientes para ir cobrindo seus buracos; sempre que ocorre um estouro deste tamanho, outros peixes grandes podem surgir no meio do caminho, vamos ficar de olho. Nesta fase do ano, começo a pensar no tema para o ano seguinte. O deste ano — Inflação 2.0 — já deu o que tinha que dar (espero!). O ano que está terminando não vai deixar saudades para nenhum investidor internacional, pois mesmo para os que deixaram todos seus recursos em aplicações diárias, o valor real perdeu feio da inflação. O próximo ano também não se desen