Só entra com carteirinha #IBOVESPA

 


Se existe uma ação que caiu no gosto do mercado, esse nome é Nvidia. Ontem assisti a um vídeo do CEO Jensen Huang, que, ao ser perguntado se a IA não iria criar desemprego, respondeu: "Se a IA vai criar desemprego, sugiro que você troque de emprego e comece a usar a IA; assim, não vai perder o emprego". Não sei se essa resposta é de quem está de saco cheio de receber inúmeras perguntas nesse sentido, onde os interlocutores colocam a culpa na sua empresa, ou se é uma certa arrogância. Porém, sua resposta é, de certa maneira, óbvia.

Tenho insistido que o mercado anda na busca dos ganhadores com a IA, onde a Nvidia é o caso óbvio. Desta forma, suas ações sobem quando o mercado sobe, sobem quando o mercado está de lado e sobem um pouquinho quando o mercado cai, por sinal, situação rara, pois o SP500 está 23 semanas sem queda. Mesmo as "Magníficas Sete", que já não estão brilhando tanto assim, devem ter deixado dúvidas mais recentemente. Por sinal, a Tesla está praticamente em último lugar (492) – que feio, Sr. Musk!



As empresas de private equity que propiciaram retornos expressivos nos últimos anos àqueles que se aventuraram a investir nesses veículos estão com um "pequeno" probleminha: não têm porta de saída, e a principal razão é que o mercado de IPO está estagnado. Pedi ao ChatGPT para fazer um apanhado do que está acontecendo nesse segmento.



A falta de IPOs (Ofertas Públicas Iniciais) em 2024 tem criado um cenário desafiador para as firmas de private equity, complicando suas estratégias de saída e impactando negativamente os retornos esperados. Este problema está intrinsecamente ligado ao aumento das taxas de juros e à volatilidade do mercado, que têm levado muitos investidores a adotarem uma abordagem mais cautelosa.

Em 2023, o valor dos investimentos em “buyouts” caiu para $438 bilhões, uma queda de 37% em relação ao ano anterior, o pior total desde 2016. Além disso, o número total de transações também diminuiu significativamente, refletindo uma desaceleração global que afetou tanto a Europa quanto a Ásia-Pacífico. As condições difíceis do mercado levaram os bancos a reduzir a emissão de novos empréstimos, tornando a obtenção de financiamento mais cara e complexa. O número de “megadeals” (acima de $5 bilhões) caiu quase pela metade, com o tamanho médio das transações caindo para $788 milhões, comparado ao pico de $1 bilhão em 2021.

Sem as saídas tradicionais através de IPOs, as firmas de private equity têm buscado alternativas como fundos de continuidade, securitizações e financiamentos baseados em NAV (Net Asset Value). Estas soluções financeiras inovadoras permitem que os gestores de fundos recapitalizem ativos valiosos e aguardem melhores condições de mercado para maximizar os retornos. No entanto, a falta de liquidez imediata continua sendo um desafio significativo.

A ausência de IPOs também afetou as startups e o ecossistema de venture capital na Europa. O financiamento de capital de risco na Europa caiu 66% ano a ano, com muitos investidores americanos retraindo seus aportes. Esse cenário leva startups europeias a buscarem mais financiamento nos EUA e ajustarem suas estratégias de mercado, o que pode limitar o crescimento local e a inovação.

Para o futuro próximo, espera-se que as firmas de private equity priorizem a criação de valor operacional em suas empresas de portfólio, focando na eficiência estratégica e operacional para navegar neste período desafiador. A adoção de tecnologias avançadas, como a inteligência artificial, também está no radar para ajudar a melhorar processos e gerar crescimento.

Essas tendências indicam um período de adaptação e resiliência para o setor de private equity, que precisa encontrar novas formas de gerar valor e garantir retornos aos investidores em um ambiente de mercado cada vez mais complexo e incerto.

O mercado, já que o GPT não tem opinião, acredita que o marasmo vivido na oferta de IPOs é por conta da taxa de juros e da volatilidade do mercado. Para mim, essa é uma resposta padrão de quem não está entendendo o que está acontecendo, pois a taxa de juros não está atrapalhando em nada a bolsa de valores e a volatilidade? Come on! está em baixas históricas.

Para O Mosca, o problema é que, as empresas novas que querem fazer um IPO, não se sabe qual será sua performance no mercado da primeira divisão. Se as empresas que já estão no mercado há longa data, com bom histórico, o mercado tem dúvidas sobre o que vai acontecer no futuro, imagina essas novatas. Quem não tem “carteirinha de IA” não entra no salão!

No post carta-na-manga fiz os seguintes comentários sobre o IBOVESPA: ...” A bolsa continuou em seu movimento lateral, porém muito contido, percorrendo o canal de baixa. No curto prazo, estaria rompendo esse canal que se encontra pontilhado no gráfico a seguir. Isso indicaria alguma ação? Não vejo nenhum atrativo de posicionamento por enquanto. Reforço meus dois argumentos: tudo indica que está numa correção; a onda 2 verde está muito longa” ...

 


A bolsa continuou andando de lado para baixo enquanto as bolsas ao redor do mundo estão subindo. Essa onda 2 verde está muito compridaaaaaaaaaaaaa! Vou dar a última chance para o IBOVESPA; se não parar a queda ao redor de 121,1 mil (não muito significativo) / 119,8 mil, vou mudar minha estratégia para a bolsa. Como expliquei no post acima, isso não significa que o cenário é de queda, mas a alta pode ser mais contida.





O SP500 fechou a 5.266, com queda de 0,75%; o USDBRL a R$ 5,2018, com alta de 0,87%; o EURUSD a € 1,0801, com queda de 0,52%; e o ouro a U$ 2.342, com queda de 0,68%.

Fique ligado e bom feriado!

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