Razão, Emoção e o Vício do Bitcoin #OURO #GOLD #Bitcoin

 


O Bitcoin, que recentemente ultrapassou os US$ 111 mil, é um campo de batalha onde razão e emoção se chocam. Como defensor da análise técnica e usuário da Teoria de Elliott Wave, o Mosca enxerga uma alta nos preços, guiada por gráficos, mas não acredita nas criptomoedas como classe de ativo. Esse paradoxo reflete um conflito interno familiar a investidores: a disciplina racional versus o peso das convicções pessoais. Curiosamente, Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, ecoa essa tensão. Em 19 de maio de 2025, Dimon anunciou que seu banco permitirá a compra de Bitcoin, comparando o ativo a um vício como o cigarro: “Não acho que você deva fumar, mas defendo seu direito de fumar. Defendo seu direito de comprar Bitcoin.” Tanto o Mosca quanto Dimon, céticos quanto ao valor intrínseco do Bitcoin, cedem à força do mercado, mas com ressalvas.

A ascensão do Bitcoin em 2025, com ganhos de 18% no ano, supera ativos tradicionais como o Nasdaq 100, impulsionada por ventos institucionais e regulatórios. A iminente aprovação de uma legislação sobre stablecoins no Senado americano, sob a administração pró-cripto de Donald Trump, sinaliza maior clareza regulatória, afastando as restrições da era Gary Gensler. Michael Novogratz, da Galaxy Digital, descreve isso como a liberação dos “espíritos animais” do mercado. A demanda institucional cresce, com a MicroStrategy acumulando mais de US$ 50 bilhões em Bitcoin e novas iniciativas, como a Twenty One Capital, seguindo o mesmo caminho. ETFs de Bitcoin nos EUA atraíram US$ 4,2 bilhões apenas em maio, enquanto o JPMorgan, apesar do ceticismo de Dimon, agora oferece acesso a esses fundos, sem custodiar o ativo devido a restrições do Federal Reserve.




A visão do Mosca, como a de Dimon, é moldada por uma desconfiança fundamental. Para o Mosca, o Bitcoin carece de valor intrínseco, e sua alta é um fenômeno de mercado, não de fundamentos. Dimon vai além, associando o Bitcoin a atividades ilícitas e comparando seu apelo a um vício perigoso, mas reconhece a demanda dos clientes. Essa dualidade – ceder ao mercado enquanto se mantém crítico – é o cerne do embate racional versus emocional. Quando o Bitcoin sobe, adeptos celebram com previsões de US$ 1,5 milhão, sem base quantitativa, o que provoca desconforto no Mosca. É o emocional tentando desviar a razão, mas a análise técnica, publicada esporadicamente no blog, rapidamente aponta a direção correta.

A euforia, porém, oculta riscos, como alerta Lionel Laurent na Bloomberg. A ascensão das criptomoedas trouxe uma nova criminalidade: golpes cibernéticos subiram 17% no último ano, e ataques físicos, como sequestros em Paris, expõem a vulnerabilidade de ser “seu próprio banco”. Esses ataques armados, brutais e diretos, lembram assaltos de eras passadas, agora adaptados ao mundo digital. A promessa de liberdade financeira do Bitcoin, que Dimon compara a um vício, vem com o preço de uma segurança precária, reforçando o ceticismo de quem, como o Mosca, prefere observar de longe.




O Mosca não compra Bitcoin, uma posição clara no blog, assim como Dimon evita que o JPMorgan custodie o ativo. Para o Mosca, apenas uma ameaça concreta ao dólar como moeda de reserva global justificaria reconsiderar. Sinais recentes, como a pressão sobre o dólar devido a déficits fiscais e vendas de títulos de longo prazo, alimentam especulações, mas não são robustos o suficiente. Novogratz vê nisso um impulso para o Bitcoin, mas o Mosca, como Dimon, mantém a cautela. A análise técnica guia a visão de alta, mas a razão impede o entusiasmo cego.

O mercado de opções reflete otimismo, com contratos de US$ 110 mil, US$ 120 mil e até US$ 300 mil para junho, e os futuros na CME Group recuperaram 23% desde abril. Contudo, o Mosca alerta para a fragilidade de rallies movidos por narrativas, como os eventos de Trump com sua memecoin, que levantam questões éticas. A comparação de Dimon ao vício ressoa aqui: o Bitcoin atrai como uma tentação, mas exige disciplina para não sucumbir.

O embate entre razão e emoção define o investimento em Bitcoin. Tanto o Mosca quanto Dimon, cada um a seu modo, navegam essa tensão, reconhecendo a força do mercado sem abandonar o ceticismo. O Bitcoin, com sua promessa de liberdade e seus riscos de vício, é um teste constante dessa dualidade. Enquanto o dólar mantiver sua hegemonia e os perigos das criptomoedas persistirem, o Mosca seguirá firme, com os gráficos como guia e a razão como âncora.

 

Análise Técnica

No post “O Delírio de Michael”, fiz os seguintes comentários sobre o Bitcoin: “O movimento destacado no retângulo laranja ainda não completou as cinco ondas e precisa ultrapassar o nível de US$ 100 mil para sugerir novas altas, conforme indicado no retângulo azul. Saberemos nos próximos dias. O mais provável é que a correção tenha terminado.”




As cinco ondas foram completadas, e o Bitcoin agora caminha para o objetivo traçado no retângulo, entre US$ 120 mil (alta de 9%) e US$ 129,8 mil (alta de 16%). Caso esse nível seja superado, o próximo alvo seria próximo de US$ 160 mil. No entanto, o intervalo entre US$ 120 mil e US$ 129,8 mil parece robusto para conter o movimento atual. É importante destacar que, após a conclusão dessa onda III azul – observe a quantidade de cinco ondas de menor grau –, uma onda IV azul, provavelmente prolongada, deve levar o Bitcoin a um mínimo de US$ 54,6 mil, valor que será mais bem calculado ao fim deste ciclo. Não é pessimismo, é o gráfico que indica!




No post “Terceirizando a Posição”, comentei sobre o ouro: “Como venho alertando, o movimento do metal está na fase final de um ciclo de alta, aproximando-se do ponto em que se espera uma correção, no caso, uma onda 4 laranja, conforme ilustrado no gráfico abaixo.”




É muito provável que o alerta tenha sido um falso positivo, motivo pelo qual estou retomando a posição a US$ 3.250, com stop loss a US$ 3.250. Não há certeza de que a onda 4 azul terminou, mas o risco de reentrar na posição é justificado, com um objetivo inicial de US$ 3.620 (alta de 8%). Note que, assim como o Bitcoin, o ouro está em uma fase terminal de uma onda 3 laranja, também composta por ondas 5 de menor grau. Nesses casos, é prudente manter o dedo no gatilho.




O S&P 500 fechou a 5.842, sem alteração; o USDBRL a R$ 5,685, com alta de 0,23%; o EURUSD a € 1,1280, com queda de 0,43%; e o ouro a U$ 3.290, com queda de 0,70%. Fique ligado!

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