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Agora vai? #nasdaq100

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  Hoje me deparei com um gráfico que tem despertado minha atenção. Esse gráfico aponta para a evolução dos juros dos títulos americanos de 10 anos desde a década de 80, ou seja, nos últimos 40 anos. Não precisa ser um grande entendido para perceber que, se tivesse comprado esses papéis com alavancagem, provavelmente não estaria escrevendo esse post — contrataria meu amigo que faz a revisão do Mosca diariamente.   Por que ele? Pela confiança que deposito em seu julgamento. Esse pensamento relembrou um momento quando eu estava no Banco Francês e Brasileiro. Certa vez, quando da visita de uma corretora a meu escritório, estava muito curioso para saber por que motivo ela detinha um volume elevadíssimo em títulos do tesouro equivalente a 30 vezes seu patrimônio — o que era o limite máximo —financiado através da recém-criada Selic. Nesta ocasião perguntei se não tinham receio de perder de forma rápida todo seu patrimônio numa eventual alta dos juros. Respondeu que estava tranquilo, uma v

O careca #SP500

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  No mundo estranho em que vivemos, até o Carnaval muda de data. Neste final de semana será celebrado essa festa que, acredito, será sem graça — bem, como não gosto de Carnaval, tanto faz minha opinião. A marchinha famosa do passado “é dos carecas que elas gostam mais” fez, e ainda faz, sucesso. Segundo o site Vagalume, os carecas são assim definidos “Já foi comprovado cientificamente (será?) que os homens carecas são mais atraentes. Formalidade, corpo sarado, cabeça na zero dispensa penteado” – o cara que escreveu isso deve ser careca! Haha ... Mas tem um careca que está despertando desejo entre os homens, não que ele seja gay nem que seu fã clube também o seja.   É por outro motivo: ele vem acertando a trajetória do dólar. Esse analista de moedas, Robin Brooks, foi citado em reportagem da Bloomberg por Ye Xie e outro. ‎ Robin Brooks fala no tom monocórdio e sóbrio de um doutor em economia que dedicou grande parte de sua carreira a calibrar modelos de valor justo para taxas de câm

Fakecoins #usdbrl #bitcoin

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  Vou iniciar por uma assunto que comento pouco. Eu quase não assisto séries da Netflix (ou outras streaming). Durante o momento que essa onda ganhou pulso, assisti mais filmes que séries. Acredito que o maior motivo é que depois de duas horas eu queria liquidar o assunto, ao invés de ficar pregado assistindo por horas até o seu final da série, que muitas vezes fica para novas versões. Nesta última semana, por insistência de alguns amigos, acabei assistindo a série “Inventando Anna”. Uma história verídica (não sei até que ponto) de uma jovem imigrante alemã de origem russa que busca o sucesso nos EUA. Por meio de mentiras sobre a sua fortuna e relacionamento com seu pais, ela envolve banqueiros, advogados e gente famosa em vários esquemas a fim de obter um empréstimo para a Fundação que queria colocar em pé. São 9 capítulos relativamente longos de uma hora, mas que prendem a atenção. Bem, por que trago esse assunto num blog de finanças? Primeiro, por mais que ela fizesse muitas ile

Disciplina na cozinha #eurusd

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  Ontem comentei sobre como a inflação passou a ser um problema mundial, é impressionante os aumentos de preços de forma generalizada. Lógico que a guerra colocou mais pressão nos níveis das commodities complicando o cenário para os bancos centrais atuarem. Mas existe uma exceção a essa tendencia: A China. O gráfico a seguir dá uma dimensão das altas ocorridas em diversas regiões do mundo alusivo aos países emergentes. Como pode estar isso acontecendo? Um artigo publicado por Shuli Ren na Bloomberg comenta como a China pode ensinar os países do Ocidente a controlar a inflação. ‎A julgar pelos últimos números de inflação, as nações desenvolvidas estão se transformando em mercados emergentes. Os EUA relataram um salto de 8,5% em relação ao ano anterior em março, enquanto a inflação no Reino Unido subiu para 7%, um recorde dos últimos 30 anos. Enquanto isso, os consumidores chineses tiveram apenas um aumento nos preços de 1,5% a.a. no mês passado.‎ ‎Não é assim que deveria funcionar

O ser humano se acostuma #ibovespa

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  Jamais poderia imaginar que o tema inflação adotado pelo Mosca se tornaria novamente um assunto mundial neste ano. Em acompanhamento de informações diárias, cuja abrangência é grande, só existe um país onde esse indicador não está subindo de forma pujante: a China. Quem tem mais tempo de janela viveu níveis de inflação mais elevados que os ocorridos nos últimos 30 anos— lógico, estou falando de países desenvolvidos. Os motivos desse período desinflacionário são vários, mas talvez o mais importante tenha sido a inclusão da China no cenário mundial como um país crescendo a níveis robustos usando a ideia de terceirização da sua mão de obra abundante, que por sua vez pressionava os preços para baixo. Tudo indica que estamos entrando numa nova fase, em que esse benefício não é tão marcante, além de uma tendência de desglobalização oriunda das questões políticas ocorridas nos últimos anos. Em função desse pano de fundo, será que não é razoável supor que vamos conviver com uma inflação

O pessimismo impera #SP500

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  Os últimos dados medindo o humor dos investidores mostram que eles estão pessimistas. Um artigo de Nikos Chrysoloras na Bloomberg expõe os motivos dessa atitude. É mais que natural que quem respondeu a essas pesquisas já tenha agido nessa direção diminuído suas posições. Será este um bom momento para liquidar as posições ou já estamos próximos da bacia das almas? A resposta a essa pergunta não existe de forma segura, e o que se pode fazer é uma reflexão. O que podemos saber com certeza é: se esses temores se concretizarem, os ativos de risco irão cair mais; caso contrário, um refluxo dessas vendas poderá retornar. Neste momento, a análise técnica e de grande utilidade para interpretar o que pode ocorrer mais à frente. ‎ O otimismo global como crescimento caiu para um mínimo histórico, com os temores de recessão aumentando na comunidade mundial dos investimentos, de acordo com a última pesquisa de gestores de fundos do Bank of America Corp. ‎ ‎A parcela de investidores que esper

Como calcular o preço de uma ação? #usdbrl

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  Como não conheço o perfil de todos meus leitores ou seu grau de conhecimento em finanças, achei por bem dedicar um post ao cálculo do preço “correto” de uma ação, uma matéria que se chama valuation (avaliação) . Quem conhece poderá pular alguns parágrafos; mesmo assim, a discussão sobre ações de valor ou de crescimento, e o que seria mais plausível ter em sua carteira, podem ser de interesse. Um artigo de Daniel Sotiroff no site da Morningstar   mostra por que ações de valor podem oferecer vantagens num ambiente de alta de juros. ‎ Após décadas de leves aumentos de preços, a inflação mostrou suas garras. O Índice de Preços ao Consumidor subiu 7,1% em 2021 - o maior aumento em qualquer ano desde 1981. O Federal Reserve indicou que pretende aumentar as taxas várias vezes este ano para desacelerar o crescimento econômico e reduzir a inflação.‎ ‎Não sabemos o caminho que as taxas de juros tomarão. Mas a perspectiva de taxas mais altas e a recente recuperação entre as ações de valor